O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) lançaram, na quarta-feira (9/7), um estudo inédito que analisa o gasto social com crianças e adolescentes (GSCA) no Brasil entre os anos de 2019 e 2024. A pesquisa revela quanto dos recursos públicos federais foram efetivamente destinados à população de 0 a 17 anos no período, com recortes por áreas de políticas públicas, como saúde, educação, assistência social e proteção.
O levantamento não apenas dimensiona os investimentos realizados, como também propõe caminhos para uma alocação mais equitativa, justa e eficaz de recursos, com foco na garantia de direitos e na redução das desigualdades que afetam meninos e meninas em todo o país.
Durante o evento de lançamento, realizado na sede do Ipea em Brasília, o presidente da Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação (RBMA) e Secretário Nacional de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento e Orçamento, Wesley Matheus de Oliveira, destacou a relevância do estudo como ferramenta estratégica para qualificar o debate sobre justiça intergeracional e equidade no gasto público.
“Esse estudo traz uma lente fundamental para o planejamento e avaliação das políticas públicas no Brasil. Quando falamos de crianças e adolescentes, não estamos apenas tratando de um grupo etário — estamos olhando para o futuro do país. A análise do gasto social com esse público revela não só quanto investimos, mas como e com quais resultados”, afirmou Wesley.
O presidente da RBMA ressaltou ainda que o monitoramento e a avaliação são peças-chave para garantir que os recursos públicos realmente cheguem a quem mais precisa. “É urgente tornar o gasto público mais inteligente e responsivo, especialmente quando falamos de uma população historicamente mais vulnerável. Essa agenda precisa estar no centro das decisões de governo.”
O estudo completo está disponível no site do Ipea: www.ipea.gov.br