Durante essa semana, de 7 a 11 de outubro, a cidade sul-africana de Joanesburgo foi o palco da 9ª Conferência Sul Africana de Monitoramento e Avaliação (SAMEA 2024). O evento reuniu especialistas para discutir agilidade nas mudanças por meio do monitoramento e da avaliação. O tema da nona edição foi ‘VUCA Vuka: Catalisando mudanças por meio do monitoramento e da avaliação’. VUCA Vuka quer dizer: ter agilidade (Vuka, expressão sul africana) para responder as volatilidades, incertezas, complexidades e ambiguidades do mundo (VUCA, na sigla em inglês).
Fabio Bezerra, diretor da RBMA e da ForAfrika, acompanhou todos os dias de debate e marcou presença na quarta-feira, dia 9, participando da mesa ‘M&A para investimento em medição de impacto’. De acordo com Fabio, o tema principal da conferência chamou a atenção para a complexidade dos desafios atuais como uma emergência. “Neste contexto, discutiu-se a importância de promover avaliações que consideram os efeitos em cascata de mudanças climáticas na segurança alimentar, saúde pública e migração, um dos projetos apresentados na SAMEA”.
O encontro também debateu ‘Abordagens de justiça restaurativa, distributiva e procedimental’, além de ‘Metodologias para empoderar comunidades afetadas no processo de desenvolvimento’. Segundo o diretor da RBMA, houve ampla discussão sobre a implementação de métodos participativos mais robustos, como avaliações lideradas pela comunidade e o uso de técnicas de coleta de dados baseadas em narrativas locais.
Fábio Bezerra também destacou a discussão da Ênfase na Ação Coletiva. “A colaboração e a sinergia entre diferentes atores do campo de M&A ganharam destaque como estratégias fundamentais para enfrentar desafios complexos. A SAMEA está priorizando, entre outras ações, colaboração internacional e aprendizagem entre países. Isso inclui programas de intercâmbio entre associações de M&A de diferentes países e a realização de estudos comparativos internacionais. A SAMEA, por exemplo, está envolvida em um projeto de pesquisa comparativa sobre sistemas nacionais de avaliação em países do BRICS.”
Já as sessões voltadas ao uso de tecnologia em M&A exploraram o desenvolvimento de definições padronizadas de evidências para sistemas de IA. “Serão criados frameworks para avaliar a qualidade e a confiabilidade das evidências geradas por IA. Isso inclui considerações sobre viés algorítmico e transparência nos processos de tomada de decisão baseados em IA.”, esclareceu Fábio.
Outro ponto abordado durante a 9ª SAMEA foi o fortalecimento da profissão de avaliador e das instituições de M&A como uma prioridade e com várias iniciativas sendo implementadas. E por fim, o evento apresentou Projetos Piloto e Inovações.